Perdi as contas das vezes que estive doente. Recordo-me, porém, de todos os sintomas:
- Calafrios por todo o corpo;
- Mãos gélidas e trêmulas;
- Pernas bambeantes;
- Pensamentos fixos;
- Embrulhos estomacais (normalmente ocasionados pela ingestão de borboletas - inteiras [elas batem as asas permanentemente dentro de você]);
- Racionalidade inexistente.
Em mim existem alguns acréscimos:
- Decepções constantes;
- Idealizações não condizentes ao real;
- Atidudes e palavras sufocadas;
- Verdade equivalente a esclerose.
Se tais sintomas ocorrerem é eminentemente necessário recorrer aos seguintes medicamentos:
- Desligar-se completamente do mundo cibernético;
- Golpear constantemente os pensamentos;
- Apoiar-se regularmente em leituras;
- Mastigar a língua ao desejo de falar.
E quando adoecer corresponder ao primeiro olhar?
Resposta: FODEU!
Na real - papo reto - paixão é algo tão cruel, às vezes. Isso já é do conhecimento de todos, mas ouço a maioria das pessoas falarem em sentimento gradual (conhecer, depois gostar). Como proceder quando ocorrer o caminho inverso? - gostar, depois conhecer.
Não paro de me preocupar, pois - putamerda - só me ocorre o caminho inverso disso. Quanto mais o tempo passa pra mim, mais acredito que esse caminho normalmente seguido me será impossível.
Acredito ser tão desnecessário conhecer. Não. Explico: conhecer é necessário, mas como é possível despertar de si mesmo um sentimento depois de tanto tempo? Conhecer exige tempo. Enquanto você espera conhecer quantos dias não terão passado? Quanto do toque desejado não será sentido?
Eu me curvo à racionalidade. Parabenizo a calmaria. Juro que já tentei até me controlar, contudo, aaah! um sorriso ou uma palavra qualquer me desarma inteiro. Minha mente apaga qualquer resquício de razão e lá estou eu - pulsando.
Talvez seja a idade, ainda não tão avançada. Quem sabe um dia desses eu consiga coincidir o conhecer ao amar. Isso me soa tão impossível. E o problema todo está aí: por não conhecer (pelo menos um pouco) vou passando por cima de várias coisas, abstraindo ressentimentos, desvalorizando a mim mesmo. Desse jeito a única possibilidade é contar com a sorte.
Mas amo - sim! E por que não?
Deixo claro. Não é simplesmente olhar e pronto. Há, ao menos, o inicial interesse de quem avisto. Uma, duas, três vezes já são suficientes para que meu eixo seja esquecido. Quem sabe um dia desses isso aconteça com alguém que também saiba se entregar. Sem dramas, sem tramas. Descartemos o Orgulho (não devo ter isso). Nada de planinhos de início na intenção de conquistar. Entrega.
O problema de muitos é a crença de que a vida é eterna. Meu problema é pensar que viverei até amanhã.
- Calafrios por todo o corpo;
- Mãos gélidas e trêmulas;
- Pernas bambeantes;
- Pensamentos fixos;
- Embrulhos estomacais (normalmente ocasionados pela ingestão de borboletas - inteiras [elas batem as asas permanentemente dentro de você]);
- Racionalidade inexistente.
Em mim existem alguns acréscimos:
- Decepções constantes;
- Idealizações não condizentes ao real;
- Atidudes e palavras sufocadas;
- Verdade equivalente a esclerose.
Se tais sintomas ocorrerem é eminentemente necessário recorrer aos seguintes medicamentos:
- Desligar-se completamente do mundo cibernético;
- Golpear constantemente os pensamentos;
- Apoiar-se regularmente em leituras;
- Mastigar a língua ao desejo de falar.
E quando adoecer corresponder ao primeiro olhar?
Resposta: FODEU!
Na real - papo reto - paixão é algo tão cruel, às vezes. Isso já é do conhecimento de todos, mas ouço a maioria das pessoas falarem em sentimento gradual (conhecer, depois gostar). Como proceder quando ocorrer o caminho inverso? - gostar, depois conhecer.
Não paro de me preocupar, pois - putamerda - só me ocorre o caminho inverso disso. Quanto mais o tempo passa pra mim, mais acredito que esse caminho normalmente seguido me será impossível.
Acredito ser tão desnecessário conhecer. Não. Explico: conhecer é necessário, mas como é possível despertar de si mesmo um sentimento depois de tanto tempo? Conhecer exige tempo. Enquanto você espera conhecer quantos dias não terão passado? Quanto do toque desejado não será sentido?
Eu me curvo à racionalidade. Parabenizo a calmaria. Juro que já tentei até me controlar, contudo, aaah! um sorriso ou uma palavra qualquer me desarma inteiro. Minha mente apaga qualquer resquício de razão e lá estou eu - pulsando.
Talvez seja a idade, ainda não tão avançada. Quem sabe um dia desses eu consiga coincidir o conhecer ao amar. Isso me soa tão impossível. E o problema todo está aí: por não conhecer (pelo menos um pouco) vou passando por cima de várias coisas, abstraindo ressentimentos, desvalorizando a mim mesmo. Desse jeito a única possibilidade é contar com a sorte.
Mas amo - sim! E por que não?
Deixo claro. Não é simplesmente olhar e pronto. Há, ao menos, o inicial interesse de quem avisto. Uma, duas, três vezes já são suficientes para que meu eixo seja esquecido. Quem sabe um dia desses isso aconteça com alguém que também saiba se entregar. Sem dramas, sem tramas. Descartemos o Orgulho (não devo ter isso). Nada de planinhos de início na intenção de conquistar. Entrega.
O problema de muitos é a crença de que a vida é eterna. Meu problema é pensar que viverei até amanhã.
P.S. "Mesmo se as estrelas começassem a cair, luz queimasse tudo ao redor e fosse o fim chegando cedo, você visse nosso corpo em chamas. 'Deixa pra lá'".