"Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo. Tudo que não me deixa em paz." [C.]
20 anos!
São Paulo:
Eu já devia estar pelo chão buscando firmeza em meus joelhos para poder engatinhar. Mais necessariamente D. Maria devia estar acordando pela 3a vez daquele 7 de julho de 1990 para alimentar seu filho de 8 meses.
Rio de Janeiro:
Ele dava seu último suspiro na mesma data, às 7h da manhã, no seu definhamento de corpo que por poucos anos sobreviveu ao terror daquele mal estar permanente.
20 anos Sem ou 20 anos COM?
Agenor. Cazuza. Caju.
Surpreendente. Intenso. BELO.
Na última Segunda-Feira fui num tributo ao Cazuza. A satisfação sentida por ouvir várias de suas músicas foi gigante. Tantas letras que possuem todo o sentido do mundo.
Eu. Que sou um "maior abandonado" pedi "piedade pra essa gente careta e covarde" e admiti novamente que "viver a liberdade, amar de verdade, só se for a dois".
Eu. O único "que podia, dentro da sua orelha fria, dizer segredos de liquidificador" perguntava para a flor ao meu lado "por que a gente é assim" por "dar com a minha cara de panaca pintada no espelho".
Eu. "Num clipe sem nexo" dei uma de "exagerado" e cantei até ferrar meus pulmões "pro dia nascer feliz".
E hoje, cá estou eu encontrando em suas músicas muitas das respostas que a vida não é capaz de dar. Sendo assim, talvez não possa afirmar com tanta convicção que hoje se completam 20 SEM Cazuza.
Ele está soprando seu canto tão doce e esquecido em meus ouvidos. Dizendo tudo o que eu precisava ouvir. Esclarecendo tudo o que me faz pirar. Pulsar.
O que posso, no momento, afirmar com total convicção é justamente o que um dia Cazuza disse ao falar de Cartola (eu sou um plagiadorzinho barato):
"Cazuza não existiu. Foi um sonho que a gente teve."
P.S. "O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível. Uma pureza que está sempre se pondo. Indo embora. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga idea de paraíso que nos persegue. Bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói. Amor, Cazuza".
20 anos!
São Paulo:
Eu já devia estar pelo chão buscando firmeza em meus joelhos para poder engatinhar. Mais necessariamente D. Maria devia estar acordando pela 3a vez daquele 7 de julho de 1990 para alimentar seu filho de 8 meses.
Rio de Janeiro:
Ele dava seu último suspiro na mesma data, às 7h da manhã, no seu definhamento de corpo que por poucos anos sobreviveu ao terror daquele mal estar permanente.
20 anos Sem ou 20 anos COM?
Agenor. Cazuza. Caju.
Surpreendente. Intenso. BELO.
Na última Segunda-Feira fui num tributo ao Cazuza. A satisfação sentida por ouvir várias de suas músicas foi gigante. Tantas letras que possuem todo o sentido do mundo.
Eu. Que sou um "maior abandonado" pedi "piedade pra essa gente careta e covarde" e admiti novamente que "viver a liberdade, amar de verdade, só se for a dois".
Eu. O único "que podia, dentro da sua orelha fria, dizer segredos de liquidificador" perguntava para a flor ao meu lado "por que a gente é assim" por "dar com a minha cara de panaca pintada no espelho".
Eu. "Num clipe sem nexo" dei uma de "exagerado" e cantei até ferrar meus pulmões "pro dia nascer feliz".
E hoje, cá estou eu encontrando em suas músicas muitas das respostas que a vida não é capaz de dar. Sendo assim, talvez não possa afirmar com tanta convicção que hoje se completam 20 SEM Cazuza.
Ele está soprando seu canto tão doce e esquecido em meus ouvidos. Dizendo tudo o que eu precisava ouvir. Esclarecendo tudo o que me faz pirar. Pulsar.
O que posso, no momento, afirmar com total convicção é justamente o que um dia Cazuza disse ao falar de Cartola (eu sou um plagiadorzinho barato):
"Cazuza não existiu. Foi um sonho que a gente teve."
P.S. "O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível. Uma pureza que está sempre se pondo. Indo embora. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga idea de paraíso que nos persegue. Bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói. Amor, Cazuza".