Teu corpo branco, liso e tenso
Envolve meu corpo sedento, esquecido e ardente
O espaço inexiste entre nós
Teus lábios caminham
Por todas as partes do meu corpo
Isso é o que você mais deseja -
Sentir prazer em nosso irreal espaço
Isso é o que eu mais desejo -
Sentir meu prazer tão intenso
(Por sentir seu prazer)
...E se poder possuisse
Congelaria aquela noite
Em que nada mais existia além de nós
Sua voz ecoava
Fazendo-me imaginar
Que eu havia vencido
Seu movimento perfeitamente coordenado
Fazendo-me adentrar
No maior sonho real que já vivi
Teu corpo branco, liso e tenso
Junto ao meu corpo sedento, esquecido e ardente
Ainda me faz ficar acordado
Imaginando como seria bom ter você novamente.
(2007)
P.S. (Pouco)Adaptado.
sábado, 26 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Da Epístola 1
"E de repente eu vi você cair
Não sei armar o que eu senti.
Não sei dizer que vi você ali." [L.U.]
P.S. Adaptada. Extremamente recortada. Não enviada.
Não sei armar o que eu senti.
Não sei dizer que vi você ali." [L.U.]
Lembro do quanto fui intenso, nos rápidos minutos em que tive você em meus braços. Sabia que aquilo seria único e não teria volta. Segurava teu corpo junto ao meu, no desejo de que aquela cena se eternizasse. Tudo poderia acontecer a partir dali, mas ninguém tiraria de mim o fato de seu cheiro ter se misturado ao meu. Sentir sua respiração ofegante, despejando desejo pelos cantos daquelas paredes, me levou a um estágio tão elevado de excitação que quase superou meu próprio prazer.
Em vez de perder tempo pensando no fim, decidi aproveitar o momento. Mesmo tenso, deixei você fazer o seu programa.
[...]
Sua boca foi minha, seu corpo foi meu, sua respiração pra sempre em minha mente, seu cheiro eternamente em minha alma. (29 de julho de 2007)
Em vez de perder tempo pensando no fim, decidi aproveitar o momento. Mesmo tenso, deixei você fazer o seu programa.
[...]
Sua boca foi minha, seu corpo foi meu, sua respiração pra sempre em minha mente, seu cheiro eternamente em minha alma. (29 de julho de 2007)
P.S. Adaptada. Extremamente recortada. Não enviada.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Da Distração
Bons tempos para o Mal
Minha força vem do céu
Muitas vezes eu me sinto triste Triste triste
No chão!
Nossa! eu neste mundo...
Papai do céu não me
No chão!
Nossa! eu neste mundo...
Papai do céu não me
Deixe sozinho. [M.]
No sábado, como há muito não acontecia, fiquei me revirando na cama sem conseguir dormir. Como estratégia para que o desejo chegasse tentei imaginar um dos meus amores voltando pra mim - são pensamentos tão chatos e repetidos que acabam me dando sono. Mas eu não conseguia me concentrar nessa pessoa. Eu me distraía com o turbilhão de pensamentos dentro da minha cabeça. Então fui "interrompido" pelo telefone.
Deduzi que era um trote, já era quase 1h. Inocentemente, numa fração de segundo, pensei ser outro dos meus amores me ligando. A cobrar. Desligou. Deitei. Novo toque. Atendi. Meu irmão.
Ele havia perdido o último bus voltando do trabalho e pediu para eu ir buscá-lo no terminal.
Eu estava tranquilo, fui sem reclamar. Logo o encontrei e fui levá-lo pra casa. No meio do caminho vejo pelo retrovisor da Ludy uma luz forte refletindo, em seguida um barulho. A polícia.
Como lembrei de levar minha carteira fiquei bem tranquilo. Parei. Eu e meu irmão descemos da Ludy e logo tivemos que colocar as mãos na cabeça.
"Mão na cabeça" - (Bandidos).
Nunca fui parado por policiais. Chega a ser engraçado a forma de tratamento deles. Nos revistaram.
"Documentos da moto!"
E pronto. Tudo certo.
Não!
"Você não sabe que deve parar quando o sinal está vermelho?"
Nossa! Parece que senti um estalo quando o "moço" me disse isso. Eu não costumo infringir regras, sobretudo as de trânsito. Foi num acesso de distração. Eu me desculpei. Ele sorriu num sarcasmo encantador.
"Tua habilitação é provisória? Você vai perder sua carteira!"
Às vezes ouvimos certas coisas tão inesperadas que paramos por um tempo num exercício de concentração para, finalmente, entendermos o que foi ouvido. Ao terminar essa tarefa, vi que o profissional da lei já estava em sua viatura com meus documentos anotando meus dados. Parei. Pensei. Fui falar com ele.
Acredito que fiquei uns 20 minutos num discurso barato e humilhante pedindo para que ele não fizesse aquilo. Ele se manteve naquela pose superior tão bela e invejável.
"Moço, por favor, me desculpe, não faça isso, eu uso essa moto pra ir pra faculdade, nunca fiz nada de errado, não tenho nehuma multa, estou ..., sou..., por favor, por favor, POR FAVOR!"
Até que, finalmente, ao pensar no tempo e no dinheiro que eu perderia para ter uma habilitação novamente. Chorei. Lágrimas e lágrimas escorreram deliberadamente num gosto de sentido do qual eu já desconhecia.
Certamente ele achou aquilo patético.
"Hoje você deu sorte."
E o moço com seu parceiro de equipe se foram para mais um ato de justiça.
Certamente meu irmão estava se sentindo muito culpado.
"Ui. Que discursinho barato! Não aguentava mais ouvir minha voz."
Ele riu.
Eu enxuguei minhas lágrimas.
"Piá. Eu não tava conseguindo chorar!"
Rimos.
Novamente na cama, umas 3h, não precisei imaginar nada.
O sono me consumiu.
Deduzi que era um trote, já era quase 1h. Inocentemente, numa fração de segundo, pensei ser outro dos meus amores me ligando. A cobrar. Desligou. Deitei. Novo toque. Atendi. Meu irmão.
Ele havia perdido o último bus voltando do trabalho e pediu para eu ir buscá-lo no terminal.
Eu estava tranquilo, fui sem reclamar. Logo o encontrei e fui levá-lo pra casa. No meio do caminho vejo pelo retrovisor da Ludy uma luz forte refletindo, em seguida um barulho. A polícia.
Como lembrei de levar minha carteira fiquei bem tranquilo. Parei. Eu e meu irmão descemos da Ludy e logo tivemos que colocar as mãos na cabeça.
"Mão na cabeça" - (Bandidos).
Nunca fui parado por policiais. Chega a ser engraçado a forma de tratamento deles. Nos revistaram.
"Documentos da moto!"
E pronto. Tudo certo.
Não!
"Você não sabe que deve parar quando o sinal está vermelho?"
Nossa! Parece que senti um estalo quando o "moço" me disse isso. Eu não costumo infringir regras, sobretudo as de trânsito. Foi num acesso de distração. Eu me desculpei. Ele sorriu num sarcasmo encantador.
"Tua habilitação é provisória? Você vai perder sua carteira!"
Às vezes ouvimos certas coisas tão inesperadas que paramos por um tempo num exercício de concentração para, finalmente, entendermos o que foi ouvido. Ao terminar essa tarefa, vi que o profissional da lei já estava em sua viatura com meus documentos anotando meus dados. Parei. Pensei. Fui falar com ele.
Acredito que fiquei uns 20 minutos num discurso barato e humilhante pedindo para que ele não fizesse aquilo. Ele se manteve naquela pose superior tão bela e invejável.
"Moço, por favor, me desculpe, não faça isso, eu uso essa moto pra ir pra faculdade, nunca fiz nada de errado, não tenho nehuma multa, estou ..., sou..., por favor, por favor, POR FAVOR!"
Até que, finalmente, ao pensar no tempo e no dinheiro que eu perderia para ter uma habilitação novamente. Chorei. Lágrimas e lágrimas escorreram deliberadamente num gosto de sentido do qual eu já desconhecia.
Certamente ele achou aquilo patético.
"Hoje você deu sorte."
E o moço com seu parceiro de equipe se foram para mais um ato de justiça.
Certamente meu irmão estava se sentindo muito culpado.
"Ui. Que discursinho barato! Não aguentava mais ouvir minha voz."
Ele riu.
Eu enxuguei minhas lágrimas.
"Piá. Eu não tava conseguindo chorar!"
Rimos.
Novamente na cama, umas 3h, não precisei imaginar nada.
O sono me consumiu.
sábado, 19 de junho de 2010
Do Espírito
"Só estou aberto a quem sempre foi do Bem e agora estou fechado pra você." [L.U.]
Ontem eu decidi dar um ar: fui beber com meus amigos, mas para isso necessitava deixar minha moto em algum lugar, pois como prudente que sou, não fico pilotando bêbado por aí. A solução foi deixar a Ludmila na entrada do prédio dos meus amigos (dentro do condomínio).
De uns tempos pra cá minha consciência pesa um bocado se não estou estudando ou se estou fazendo algo sem uma "finalidade prática". Beber durante a semana, então, foi um dos programas que acabei descartando da minha vida, mas ontem fiz uma excessão. Tirei 10 numa prova que pensei que tiraria 6.5 e como tenho até segunda à tarde pra agilizar um artigo, um trabalho, 3 atividades e 2 estudos pra prova (sim, acretide: o semestre está acabando, apesar de parecer que está começando) senti-me no direito de aliviar a tensão um pouco (porque já não me permito aliviá-la com um sexo).
Aliviei minha mente, deixei de lado os meus afazeres e consegui aproveitar aquele momento sem me sentir culpado por isso. Foi ótimo!
Então fomos dormir, depois de ficarmos louquíssimos com as beras que tomamos. Desejei muito um "engov" para suportar essa ressaca que até agora não foi embora. Antes do almoço descemos para mais um dia de obrigações e não avistei a Ludy no lugar que a deixei. Respirei fundo, pois de imediato supus que alguém a havia colocado na rua. Não foi exatamente isso o que aconteceu.
A Ludy estava na calçada, tudo parecia tranquilo, até eu perceber que havia uma multa por ela estar ali. Foi um choque muito grande, mas não parou por aí. Olhei para o pneu da frente dela e vejo que ele está murcho. Nossa! É péssimo ver o pneu dela assim, pois a primeira coisa que me vem à cabeça é o tempo que eu perderei numa borracharia para reparar o erro. Pior que isso: onde haveria uma borracharia? Eu teria de arratsá-la. Mas, minha gente, acreditem! O pior foi perceber que o pneu de trás também estava murcho.
Aaaaahhhhh...! Por quê?
Eu queria uma explicação para que uma pessoa fosse tão espírito - de porco!
Qual o prazer que as pessoas sentem em tomar certas atitudes com a única finalidade de prejudicar os outros?
Eu sei que muitos devem ter traumas de infância ou não devem trepar com muita frequência, mas isso não é justificativa pra sair descontando frustrações por aí. É por isso que o mundo está fodido desse jeito. Muitas pessoas (acredito que a maioria delas) não são capazes de se colocar no lugar de quem elas fazem Mal.
Provalvelmente, se eu tivesse sido um imprudente paunocu deixaria a Ludy estacionada ao lado do bar, na minha vista, voltaria pra casa pilotando bêbado (mesmo isso sendo uma putasacangem comigo mesmo e com outras pessoas - e não estou sendo o demagógico porranenhuma!) e não teria ocorrido tamanha dordecabeça.
O detalhe é que além de murcharem o pneu da frente, jogaram o pino (que eu pensava ser essencial para segurar o ar) fora, ou enfiaram no rabo para tentarem sentir uma satisfação que já deveria estar esquecida.
Mas eu manti a calma. Juro!
Aqui não parece, mas estou tranquilo. O motivo para isso é que, ao andar não sei quantos minutos a procura desse pino caliente eu pensei
"Bem, se os momentos bons passam, os ruins também!".
E com um tanto de paciência fui recuperando o prejuízo que tive. Enchi os pneus da moto, fui fazer um B.O. pra recorrer à multa e com 3 horas de atraso cheguei no conforto da minha casa.
Aqui na frente do pc está o livro do qual eu devo fazer um artigo. Tem uma mulher na capa dele com um olhar severo. Olhei pra capa e pensei
"É pra você, dan! Faça esse artigo logo, pois o tempo está acabando".
Contudo, o mais importante ainda não foi dito.
Eu poderia hoje considerar o meu dia perdido. Mas a pesar de todos esses reveses (que podem ser elevados ao "nada" se eu lembrar que não sou o ferrado do mundo) pude sentir como existem Parceiros em minha vida. Meus amigos se mantiveram ao meu lado até o momento em que o problema se resolveu. Abriram mão de seus tempos para me ajudarem e, ainda, se preocuparam com meu bem-estar. E é isso!
É por isso que eu sobrevivo a essa vida. Justamente porque existem pessoas boas. Sei que existem pessoas que gostam de mim e que esperam por mim e que querem me ver bem e que querem me ver próximo sempre que possível.
Se eu pudesse voltar para ontem, quando decidi beber com meus amigos, e voltar pra casa em vez de ter que passar por esse incoveniente, eu diria para o Sr. do Tempo (que nunca chegou): "JAMAIS!".
Sentir os bons sentimentos das pessoas é o que mais busco em minha vida e nessas 18h horas em que tudo isso ocorreu, senti os bons e grandes sentimentos de meus amigos queridos.
E que Deus nos proteja.
P.S. Texto escrito em 18 de junho e adaptado em 19 de junho (2010).
De uns tempos pra cá minha consciência pesa um bocado se não estou estudando ou se estou fazendo algo sem uma "finalidade prática". Beber durante a semana, então, foi um dos programas que acabei descartando da minha vida, mas ontem fiz uma excessão. Tirei 10 numa prova que pensei que tiraria 6.5 e como tenho até segunda à tarde pra agilizar um artigo, um trabalho, 3 atividades e 2 estudos pra prova (sim, acretide: o semestre está acabando, apesar de parecer que está começando) senti-me no direito de aliviar a tensão um pouco (porque já não me permito aliviá-la com um sexo).
Aliviei minha mente, deixei de lado os meus afazeres e consegui aproveitar aquele momento sem me sentir culpado por isso. Foi ótimo!
Então fomos dormir, depois de ficarmos louquíssimos com as beras que tomamos. Desejei muito um "engov" para suportar essa ressaca que até agora não foi embora. Antes do almoço descemos para mais um dia de obrigações e não avistei a Ludy no lugar que a deixei. Respirei fundo, pois de imediato supus que alguém a havia colocado na rua. Não foi exatamente isso o que aconteceu.
A Ludy estava na calçada, tudo parecia tranquilo, até eu perceber que havia uma multa por ela estar ali. Foi um choque muito grande, mas não parou por aí. Olhei para o pneu da frente dela e vejo que ele está murcho. Nossa! É péssimo ver o pneu dela assim, pois a primeira coisa que me vem à cabeça é o tempo que eu perderei numa borracharia para reparar o erro. Pior que isso: onde haveria uma borracharia? Eu teria de arratsá-la. Mas, minha gente, acreditem! O pior foi perceber que o pneu de trás também estava murcho.
Aaaaahhhhh...! Por quê?
Eu queria uma explicação para que uma pessoa fosse tão espírito - de porco!
Qual o prazer que as pessoas sentem em tomar certas atitudes com a única finalidade de prejudicar os outros?
Eu sei que muitos devem ter traumas de infância ou não devem trepar com muita frequência, mas isso não é justificativa pra sair descontando frustrações por aí. É por isso que o mundo está fodido desse jeito. Muitas pessoas (acredito que a maioria delas) não são capazes de se colocar no lugar de quem elas fazem Mal.
Provalvelmente, se eu tivesse sido um imprudente paunocu deixaria a Ludy estacionada ao lado do bar, na minha vista, voltaria pra casa pilotando bêbado (mesmo isso sendo uma putasacangem comigo mesmo e com outras pessoas - e não estou sendo o demagógico porranenhuma!) e não teria ocorrido tamanha dordecabeça.
O detalhe é que além de murcharem o pneu da frente, jogaram o pino (que eu pensava ser essencial para segurar o ar) fora, ou enfiaram no rabo para tentarem sentir uma satisfação que já deveria estar esquecida.
Mas eu manti a calma. Juro!
Aqui não parece, mas estou tranquilo. O motivo para isso é que, ao andar não sei quantos minutos a procura desse pino caliente eu pensei
"Bem, se os momentos bons passam, os ruins também!".
E com um tanto de paciência fui recuperando o prejuízo que tive. Enchi os pneus da moto, fui fazer um B.O. pra recorrer à multa e com 3 horas de atraso cheguei no conforto da minha casa.
Aqui na frente do pc está o livro do qual eu devo fazer um artigo. Tem uma mulher na capa dele com um olhar severo. Olhei pra capa e pensei
"É pra você, dan! Faça esse artigo logo, pois o tempo está acabando".
Contudo, o mais importante ainda não foi dito.
Eu poderia hoje considerar o meu dia perdido. Mas a pesar de todos esses reveses (que podem ser elevados ao "nada" se eu lembrar que não sou o ferrado do mundo) pude sentir como existem Parceiros em minha vida. Meus amigos se mantiveram ao meu lado até o momento em que o problema se resolveu. Abriram mão de seus tempos para me ajudarem e, ainda, se preocuparam com meu bem-estar. E é isso!
É por isso que eu sobrevivo a essa vida. Justamente porque existem pessoas boas. Sei que existem pessoas que gostam de mim e que esperam por mim e que querem me ver bem e que querem me ver próximo sempre que possível.
Se eu pudesse voltar para ontem, quando decidi beber com meus amigos, e voltar pra casa em vez de ter que passar por esse incoveniente, eu diria para o Sr. do Tempo (que nunca chegou): "JAMAIS!".
Sentir os bons sentimentos das pessoas é o que mais busco em minha vida e nessas 18h horas em que tudo isso ocorreu, senti os bons e grandes sentimentos de meus amigos queridos.
E que Deus nos proteja.
P.S. Texto escrito em 18 de junho e adaptado em 19 de junho (2010).
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Do Costume
"Eu não sou Eu nem sou o Outro
Sou qualquer Coisa de intermédio
Pilar da ponte de Tédio
Que vai de Mim para o Outro" [S.C.]
Sou qualquer Coisa de intermédio
Pilar da ponte de Tédio
Que vai de Mim para o Outro" [S.C.]
Estou acostumado a ler, acostumado a perder muito tempo na internet, acostumado a sentir sono depois do almoço, acostumado a usar máscara quando preciso (grande parte do tempo, até com quem nem imaginei um dia que fosse necessário), acostumado a ser esquecido ou guardado no subconsciente de pessoas que um dia classifiquei como eternas. Acostumado a não me expor demasiadamente como antes fazia (sinto calafrios só de pensar).
Eu sempre fui acostumado com extremos: era feliz com o amor que surgia uma vez ao ano e que permanecia por pouco tempo. Acredito, então, que acerca do amor, fui feliz 5 dias por ano, em se tratando dos últimos 3 (anos).
O resto? Bem, com o resto do ano eu sobrevivia trabalhando ou estudando, mas quase sempre não resistia. Ligava inúmeras vezes sem acreditar na partida de quem ainda pulsava dentro de mim. Chorava em diversas vezes.
Extremos: 5 dias em nirvana, 360 em fossa.
Hoje já estou me acostumando com as inúmeras partidas, - nos variados tipos de relação - também já estou acostumado a ficar sozinho em relação a um par amoroso (não que um dia eu não estive).
Sou obrigado a entrar no ritmo e aceitar, simplesmente. E tudo vai ficando com esse gosto de morno, sabe?! É um gosto que não me faz chegar aos extremos. Às vezes até tento ouvir as músicas que um dia me fizeram verter rios de lágrimas, mas daí me pego pensando na minha próxima obrigação ou na obrigação anterior, se ela está pronta efetivamente, ou não.
E assim, continuo sem sentir. É uma espécie de anestesia que me faz sobreviver.
P.S. "Gosto de morno" soa estranho. Será que existe alguma disciplina ou curso para "Construção de Metáfora"?
Eu sempre fui acostumado com extremos: era feliz com o amor que surgia uma vez ao ano e que permanecia por pouco tempo. Acredito, então, que acerca do amor, fui feliz 5 dias por ano, em se tratando dos últimos 3 (anos).
O resto? Bem, com o resto do ano eu sobrevivia trabalhando ou estudando, mas quase sempre não resistia. Ligava inúmeras vezes sem acreditar na partida de quem ainda pulsava dentro de mim. Chorava em diversas vezes.
Extremos: 5 dias em nirvana, 360 em fossa.
Hoje já estou me acostumando com as inúmeras partidas, - nos variados tipos de relação - também já estou acostumado a ficar sozinho em relação a um par amoroso (não que um dia eu não estive).
Sou obrigado a entrar no ritmo e aceitar, simplesmente. E tudo vai ficando com esse gosto de morno, sabe?! É um gosto que não me faz chegar aos extremos. Às vezes até tento ouvir as músicas que um dia me fizeram verter rios de lágrimas, mas daí me pego pensando na minha próxima obrigação ou na obrigação anterior, se ela está pronta efetivamente, ou não.
E assim, continuo sem sentir. É uma espécie de anestesia que me faz sobreviver.
P.S. "Gosto de morno" soa estranho. Será que existe alguma disciplina ou curso para "Construção de Metáfora"?
terça-feira, 15 de junho de 2010
Da Narrativa
"Essas preciosas ilusões em minha mente não me desapontaram quando eu estava indefeso. E abrir mão delas foi como abrir mão dos meus amigos invisíveis". [A.M.]
Um dia eu fui obrigado a encarar situações das quais eu imaginava vencer de maneira tranquila.
A primeira transa não foi como a AÇÃO da minha mente adolescente, menos ainda o prazer sentido;
A faculdade não foi o ESPAÇO da minha mente adolescente, menos ainda as pessoas que lá se encontravam;
A minha suposta primeira relação (que diz respeito ao segundo amor da minha vida) não durou o TEMPO em que minha mente adolescente sonhou - qual seria a parte mínima de "pro resto da vida"?;
A minha suposta última relação (que diz repeito ao terceiro e, por enquanto, último amor da minha vida) não continha a PERSONAGEM que minha mente adolescente construiu sem nem ao menos conhecê-la, talvez não existia nem o pedaço de unha idealizado;
Quem eu sou hoje está longe de ser o NARRADOR que a minha mente adolescente imaginou, visto que os leitores disso não atingirão o número de dedos da minha mão esquerda. Eu sou canhoto.
P.S. Aqui, a palavra "relação" aparece no sentido de "ficar" mais de 5 vezes e "Transar" mais de 2, ou seja, não está no sentido convencional denominado "namoro" - eu pulso precocemente. 5+2= 7. O número 7 me agrada.
Um dia eu fui obrigado a encarar situações das quais eu imaginava vencer de maneira tranquila.
A primeira transa não foi como a AÇÃO da minha mente adolescente, menos ainda o prazer sentido;
A faculdade não foi o ESPAÇO da minha mente adolescente, menos ainda as pessoas que lá se encontravam;
A minha suposta primeira relação (que diz respeito ao segundo amor da minha vida) não durou o TEMPO em que minha mente adolescente sonhou - qual seria a parte mínima de "pro resto da vida"?;
A minha suposta última relação (que diz repeito ao terceiro e, por enquanto, último amor da minha vida) não continha a PERSONAGEM que minha mente adolescente construiu sem nem ao menos conhecê-la, talvez não existia nem o pedaço de unha idealizado;
Quem eu sou hoje está longe de ser o NARRADOR que a minha mente adolescente imaginou, visto que os leitores disso não atingirão o número de dedos da minha mão esquerda. Eu sou canhoto.
P.S. Aqui, a palavra "relação" aparece no sentido de "ficar" mais de 5 vezes e "Transar" mais de 2, ou seja, não está no sentido convencional denominado "namoro" - eu pulso precocemente. 5+2= 7. O número 7 me agrada.
Do Título
Prevaricar, aqui, não diz respeito ao termo jurídico e sim a ao termo dicionarizado (pelo menos do meu dicionário do ensino fundamental) que possui o sinônimo "pervertido". Lancei mão do termo a partir de um diálogo qualquer e o adjetivo-substantivo rendeu nicks para o twitter e para o formspring. Não sei se sou pervertido ainda. Sou de escorpião.
P.S. Qualquer relação nesse e nos próximos textos com a "realidade" são meras coincidências.
P.S. Qualquer relação nesse e nos próximos textos com a "realidade" são meras coincidências.
Assinar:
Comentários (Atom)